quinta-feira, julho 21, 2005

Só o CDS é a verdadeira diferença e a única alternativa

Pelo recurso à História podemos demonstrar que foi o CDS quem – primeiro e quando era bem difícil! – avisou para as consequências que Portugal sofreria com a implantação constitucional do modelo socialista de Estado. Avisou e resistiu... bem a tempo e não antes do tempo!
O momento de crise económica que o País atravessa não resulta de um ocasional aumento dos gastos do Estado, nem tampouco de dificuldades de cobrança de impostos. O problema do défice não resulta de um desequilíbrio fortuito ou imprevisto. Se assim fosse o problema seria facilmente resolvido: se um dos pratos da balança se desequilibra bastaria reduzir o peso excessivo num deles (a despesa) para se reencontrar o equilíbrio (já que a hipótese por mais peso no outro é sempre um remédio desagradável e mortal para esta crónica “doença orçamental”).
Não! O problema que enfrentamos é estrutural e resulta do modelo económico e de desenvolvimento socialista que se consagrou durante os devaneios de uns iludidos e as pressões psicológicas e as ameaças físicas que rodearam o exercício do trabalho dos constituintes de 1975/76. E esse problema estrutural de défice nas contas do Estado é a directa consequência do modelo que consagrou um Estado exageradamente presente na vida dos cidadãos. Absolutamente intrusivo e desmedidamente dispendioso. Um Estado que, numas coisas é abusivamente intervencionista e noutras desesperantemente absorto.
Enquanto esta situação continuar o desenvolvimento – que Portugal precisa e os portugueses reclamam – mais não será que um desejo, uma miragem, um sonho eternamente adiado! Urge prover ao redimensionamento do Estado. Importa libertar a sociedade e os seus sectores dinâmicos das amarras que lhe tolhem o Progresso. Para tanto basta que o Estado se dedique apenas àquilo que deve fazer: porque há Estado a mais onde ele não faz falta ou onde cumpre com menor eficácia e há Estado a menos onde ele não pode faltar.
O problema é pois o modelo socialista de Estado. E não é este irresponsável e insano comportamento despesista consagrado neste Orçamento rectificativo – que mais não é que o primeiro Orçamento da maioria absoluta do PS. É um típico produto das políticas neo-socialistas. Este PS, que agora nos governa, nada mais faz que ter entradas de Durão e saídas de um típico e previsível neo-guterrismo!

Mas há algo que se relaciona com tudo isto é que é o principal propósito que aqui nos trouxe: a apresentação dos candidatos do CDS no distrito de Setúbal. Porque se há distrito que muito sofreu com as políticas típicas do parâmetro socialista, esse distrito é Setúbal. Porque em nenhum outro sítio (talvez com a excepção do Alentejo) se fez sentir com tanta dor os efeitos do (des)governo utópico da esquerda. Porque os nossos concelhos até hoje apenas têm conhecido a alternância entre o modelo das bandeiras vermelhas (que simbolizam o sofrimento daqueles que o PCP propositadamente pretende condenar ao subdesenvolvimento – o caldo preferido dos que temem a ambição e o sucesso, únicas formas de alcançar o Progresso e o Desenvolvimento) e a não alternativa rosa-choc (certeza de uma dispendiosa e manipuladora cosmética, acompanhada pelos costumeiros anúncios de choques, contra-choques e outros flops)!
A isto o CDS propõe-se ser uma alternativa verdadeira. Com verdade e coragem!
Porque é preciso que se saiba que o autarca CDS é diferente!
O autarca CDS é aquele que privilegia as pessoas e não as rotundas.
O autarca CDS é aquele que aposta em PDM que proporcionem um desenvolvimento equilibrado, e não é um autarca que se acomoda aos interesses da construção civil.
O autarca CDS é aquele que entende que não há problemas sociais mas problemas que afectam pessoas. Que não há políticas para acabar com problemas (que não existem), mas que há actos que podem ajudam a minorar as consequências de factos e realidades que todos devemos desejar sejam transitórios. E que a solução não é a atribuição de subsídios que se vão eternizando no tempo e que são terra fértil para gerar nos homens a habituação ao comodismo e amorfismo e nas despesas do Estado um peso orçamental permanente que tudo asfixia!
Por isso o autarca CDS entende e denuncia as situações onde a Câmara e a Junta de Freguesia são os maiores empregadores do concelho. Porque esse é um perigo para a Democracia (porque instrumento preferido daqueles que se procuram eternizar no poder) e um mal económico que impede o Desenvolvimento e o Progresso (os quais só podem ser alcançados pela criação de riqueza e não pela distribuição indiscriminada e irresponsável dos produto da cobrança de impostos sobre os sectores verdadeiramente dinâmicos e produtivos).
Este é o CDS que propomos.
É este o CDS que queremos com poder de influência e decisão nas autarquias.
Agora, até 9 de Outubro, é sempre a abrir.
A partir de 9 de Outubro é sempre a trabalhar.
Por Portugal e pelos Portugueses!

por João Titta Maurício