terça-feira, julho 05, 2005

Presidente da Distrital do CDS-PP/Setúbal fala ao Rostos

O líder distrital do CDS/PP, em conversa de dois minutos, refere que o objectivo principal nas próximas eleições autárquicas é dar oportunidade aos eleitores que votam CDS/PP de elegerem os seus candidatos.Nesta conversa defende “que o Centro e a Direita políticas em Setúbal precisam de repensar e reforçar as suas relações e entender que urge construir um projecto”.
  • O CDS/PP vai concorrer sozinho em todas as Câmaras do Distrito de Setúbal ou vai surgir coligado com PSD em algumas situações?

O nosso principal desafio é dar a oportunidade aos mais de 20.000 eleitores que votam no CDS de terem autarcas eleitos que defendam um ideário, uma Ética e um modo de estar na política que só o nosso Partido - institucionalmente Conservador, economicamente Liberal e que tem a Democracia-Cristã como a resposta às questões sociais - pode fornecer.

Nesse sentido, o CDS procurará concorrer a todos os órgãos autárquicos no Distrito e apareceremos coligados com o nosso parceiro natural, o PPD/PSD, nos municipios onde seja possível conjugar esforços em torno de propostas coerentes e candidatos adequados. Por enquanto, tudo indica que conseguimos estabelecer 2 acordos: Moita e Sesimbra! Tenho pena que não haja sido possível alcançar mas, todavia, só agora fui eleitos para as minhas actuais responsabilidades e o hiato causado pelas eleições legislativas e pelos congressos do CDS e do PPD/PSD foram muito incovenientes para conseguirmos outros resultados. Há anos que defendo que o Centro e a Direita políticas em Setúbal precisam de repensar e reforçar as suas relações e entender que urge construir um projecto a 8 anos que possibilite a apresentação de projectos e candidatos ainda mais fortes, que sejam dotados de uma força e uma dinâmica tais que todos os reconheçam como alternativa cm altas probabilidades de vitória. Para tanto importa falar muito a sério e não deixar que os jogos da política nacional se intrometam nos ritmos e nas soluções que acreditamos dariam um impulso reformista e de desenvolvimento económicos que o distrito precisa e que já estão atrasados 30 anos.

  • Que espera o CDS/PP alcançar nas próximas autárquicas no Distrito?

As eleições autárquicas são as mais difíceis para o CDS. E se isso é verdade noutros distritos, mais ainda o é em Setúbal. Há uma dificuldade enorme quando a maioria dos potenciais candidatos do CDS não são funcionários públicos mas pequenos empresários que - justamente! - temem os efeitos que sofreriam com a assumpção da sua preferência política. E quando os principais empregadores e compradores são as Câmaras e as Juntas de Freguesia a Liberdade fica colocada em causa... seja qual for o partido. Enquanto não houver Liberdade tudo é mais difícil e como o CDS não é conhecido por distribuir tenças e prebendas - para nós os fregueses são apenas os cidadãos de uma Freguesia -, nem por perseguir aqueles que pensam diferente: somos apenas vítimas desta forte limitação que faz com que a apresentação de candidatos seja uma tarefa muito complicada. Mas, um dia, a Liberdade - também! - vai passar por aqui.Dito isto, os nossos objectivos são, naturalmente, sérios, ambiciosos mas modestos. Em primeiro lugar, fixar o eleitorado, permitir que os eleitores que sempre votam CDS possam exercer essa escolha. Segundo, geograficamente alargar a presença do CDS a mais Municipios e Freguesias - é preciso dar mais côr ao nosso distrito, para que a alternativa às bandeiras de vermelho sangue das vítimas do comunismo não seja apenas o rosa desbotado símbolo da permanente incompetência governativa tão típica e evidente neste socialismo light na sua versão neo-guterrista.

  • Como analisa a actual situação politica no distrito de Setúbal?

Politicamente, o presente agora são autárquicas.

Depois o CDS procurará apresentar as suas propostas para voltar a fazer destas terras de aquém-Tejo um espaço de riqueza de dinamismo, de crescimento, de prosperidade que já teve e pode voltar a beneficiar. Basta que os eleitores parem para reflectir e pensem quem governou o distrito, quase ininterruptamente, nos últimos 30 anos. E se alguém pretender insinuar que estou a defender o regresso a um tempo de não Democracia, desengane-se. O que nós propomos é exactamente o contrário: mais Democracia, em Liberdade, com Trabalho, com Segurança, com apoio à iniciativa privada, com a promessa de ganhos pelo mérito. Tudo coisas que pouco se podem esperar à nossa esquerda!

É só preciso ter memória e perder os preconceitos... porque já provámos que, quando nos dão oportunidades, os eleitores percebem que vale a pena votar CDS!

Rostos
5 - 7 - 2005
22:21